terça-feira, 30 de outubro de 2007

Previna-se!! Mantenha o seu anti-vírus atualizado e ainda corra riscos!!!

Estudo: cerca de 23% dos PCs domésticos estão infectados






Estudo realizado pelo PandaLabs aponta que 72% das companhias com mais de 100 computadores estão infectadas, mesmo que as máquinas ou a rede tenham proteção. O mesmo estudo salienta que, entre usuários domésticos, 22,97% dos PCs (com proteção instalada) têm algum malware.

Segundo os dados coletados, apenas 37,45% dos usuários possuem um software de proteção atualizado e ativo - e destes, 22,97% estão infectados. O restante está desprotegido ou possui soluções de segurança desatualizadas.

O adware (que usa spams para se espalhar) é a praga virtual mais presente nas companhias (63,04%) e nas residências (54,5%). Os trojans estão na segunda posição e representam 12,57% em PCs corporativos e 15,46% nos PCs domésticos. A empresa destaca ainda um aumento significativo nos trojans bancários, principalmente em computadores de empresas.

O terceiro tipo de malware identificado são os "rootkits" (programas usados por cibercriminosos para esconder os processos dos softwares maléficos, tornando sua detecção mais difícil). A Panda registra crescimento no número de rootkits tanto em PCs domésticos quanto nos corporativos.

O estudo foi realizado no período de maio e julho deste ano, com informações obtidas a partir de mais de 1,2 mil empresas que têm soluções de segurança instaladas. O objetivo da pesquisa era descobrir quantos computadores em ambientes corporativos e doméstico, mesmo tendo programas de proteção, estão infectados com algum software malicioso.

O relatório do PandaLabs pode ser baixado (arquivo .pdf, em inglês) a partir do atalho http://tinyurl.com/3cyckp.


Protejam-se, pois o bicho "tá" pegando!!!


Tiago Ribeiro - Info

Cuidado com o Orkut Galera!!!!

Texto de autoria de Marco André Vizzortti -Professor de Informática da USP

O ORKUT apareceu como uma forma de contatar amigos, saber notícias de quem está distante e mandar recados. Hoje está sendo utilizado com o propósito de, creio ser o seu maior trunfo, obter informações sobre uma classe privilegiada da população brasileira. Por que será que só no Brasil teve a repercussão que teve? Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados de intimidade, de forma tão irresponsável e leviana. Por acaso você já recebeu um telefonema que informava que seus filhos estavam sendo seqüestrados? Sua mãe idosa já foi seguida por uma quadrilha de malandros? Já te abordaram num barzinho, dizendo que te conheciam faz tempo? Já foi a festas armadas para reencontrar os amigos de 30 anos atrás e não viu ninguém? Pois é. Ta tudo lá. No ORKUT. Com cinco minutos de navegação eu sei que você tem dois filhos, tem um namorado, estuda no colégio tal, freqüenta cinemas. E o melhor de tudo, com uma foto na mão, identifico seu rosto em meio a multidões, na porta do seu trabalho, no meio da rua. Afinal, já sei onde você está. É só ler os seus recadinhos.
Quem quiser se expor assim, faça-o de forma consciente e depois não lamente, nem se desespere, caso seja vítima de uma armação.
Mas poupe seus filhos, poupe sua vida Íntima. O bandido te ligou pra te extorquir dinheiro também porque você deixou. A foto dos meninos estava lá. Teu local de trabalho tava lá. A foto do hotel 5 estrelas na praia tava lá. A foto da moto que está na garagem estava lá.
Realmente somos um povo muito inocente e deslumbrado. Por enquanto, temos ouvido falar de ameaças a crianças e idosos. Até que um dia a ameaça será fato real. Tarde demais. Se você me entendeu, ótimo! Reveja sua participação no ORKUT, ou ao menos suprima as fotos e imagens de seus filhos menores e parentes que não merecem passar por situações de risco que você os coloca. Se acha que não tenho razão, deve se achar invulnerável. Informo que pessoas muito próximas a mim e queridas já passaram por dramas gratuitos, sem perceber que tinham sido vítimas da própria imprudência. A falta de malícia para a vida nos induz a correr riscos desnecessários. Não só de Orkut vive a maioria dos internautas.
Temos uma infinidade de portas abertas e que por um descuido colocamos uma informação que pode nos prejudicar.
Não conhecemos a pessoa ou as pessoas que estão do outro lado da rede. O papo pode ser muito bom, legal. Mas disponibilizar informações a nosso respeito pode se tornar perigoso ou desagradável. Portanto, cuidado ao colocar certas informações na Internet.

PS:- Passe a todos que você conhece e que utiliza o Orkut, 1Grau, Gazzag, NetQI, Blogs, Flogs, etc... para que todos tenhamos consciência sobre o assunto e possamos colaborar com a diminuição do crime.

Tiago Ribeiro

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Desafio

ESSA QUASE NINGUÉM ACERTA!!

Aí vai um desafio para quem quiser testar seus conhecimentos da língua Portuguesa.

Trata-se de um teste realizado em um curso na AmericanAirlines.

Na frase abaixo deverá ser colocado 2 pontos e 2 vírgulas para que a frase tenha sentido.

PENSE antes de ver a resposta que está no final da página.

Afinal, assim não seria um teste.

Com esta nenhum americano ou brasileiro passa.

MARIA TOMA BANHO PORQUE SUA MÃE DISSE ELA PEGUE A TOALHA.
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>OBS.: Pense, não olhe a resposta antes de tentar acertar a resposta.
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>RESPOSTA:
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>Maria toma banho porque sua. Mãe, disse ela, pegue a toalha.
>
>A 'pegadinha' está no fato do uso do verbo suar,
>confundindo com o pronome possessivo (sua) ...
>
>A Língua Portuguesa é fogo, mesmo...

Postado por: Sandra

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Esquecer

Esquecer
O que marca o nascimento de um educador é ter olhos para ver o que nunca se viu

Rubem Alves

Era uma menina de nove anos. Caminhava segura à minha frente. O diretor da Escola da Ponte lhe pedira que mostrasse e explicasse a escola. Fiquei ofendido. Esperava que ele, diretor, me respeitasse como visitante estrangeiro e me mostrasse e explicasse a sua escola. ´
Chegando à porta da escola ela parou, deu meia volta, olhou-me nos olhos e me disse: "Para o senhor entender a nossa escola o senhor terá de se esquecer de tudo o que o senhor sabe sobre escolas...". Decididamente ela se dirigia a mim de uma forma petulante. Então eu, um educador velho que tenho a estar a pensar sobre as escolas desde menino, com a cabeça cheia de livros, teorias e experiências, deveria esquecer-me do que sabia? A menina estava certa. Meu espanto era sinal de que ela acabara de me aplicar um "koan" - um artifício pedagógico dos mestres Zen.
Para aprender coisas novas é preciso esquecer as velhas. O que sabemos torna-se hábito de ver e de pensar que nos faz ver o novo através dos óculos do velho - e o transforma no que sempre vimos, e tudo continua do jeito como sempre foi.
Roland Barthes, ao final de sua famosa Aula, disse que naquele momento de sua vida se dedicava a desaprender o que havia aprendido para aprender o que não havia aprendido. Não havia aprendido porque a memória do sabido havia bloqueado a aprendizagem. "Empreendo, pois, o deixar-me levar pela força de toda a vida viva: o esquecimento. Vem agora a idade de desaprender, de deixar trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimento impõe à sedimentação dos saberes, das culturas, das crenças que atravessamos..."
Para entendê-lo, é preciso que você ponha seus saberes entre parêntesis, que veja o mundo pela primeira vez, como sugeriu Alberto Caeiro. Se não fizer isso, a leitura será inútil. Você continuará a ver o mundo velho que já conhecia. Para um pássaro engaiolado o mundo tem barras...
A psicanálise é uma pedagogia do esquecimento. Freud percebeu que as pessoas, por causa da memória, ficam prisioneiras do passado. Os neuróticos repetem o passado. Sua memória é a sua teoria do futuro. O presente e o futuro são como minha memória diz. Por isso são incapazes de ver o novo. "Uma cobra que não pode livrar-se de sua casca perece. O mesmo acontece com aqueles espíritos que são impedidos de mudar suas opiniões; cessam de ser espírito." (Nietzsche)
Os mestres Zen eram mestres de um tipo estranho: não tinham saber algum para ensinar aos seus discípulos. Sua atividade pedagógica se resumia em passar rasteiras nos saberes que seus discípulos traziam consigo. ( Se há "construtivismo", os mestres Zen eram "desconstrutivistas"... ). Eles perceberam que os saberes que pensamos são semelhantes à "catarata": uma nuvem que obscurece os olhos. Para operar a catarata dos seus discípulos, se valiam dos "koans". Um "koan" é uma afirmação que "desconstrói" o nosso saber como um terremoto derruba uma casa. Quando a nuvem de pretenso saber é retirada, o discípulo vê o que nunca havia visto. Experimenta o "satori", a iluminação.
Quando a menina me disse que eu tinha de me esquecer do que sabia sobre escolas ela me aplicou um "koan". E passei a ver as escolas como nunca havia visto.
Esse é o evento que marca o nascimento de um educador: olhos novos para ver o que nunca se viu.
Rubem Alves - Educador e escritor - rubem_alves@uol.com.br

Postado por Fernando - 23/10/07

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Vagas no mercado de TI

Reportagem do Jornal Hoje de 15/10/2007

Vídeo da reportagem: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM742985-7823-SOBRAM+VAGAS+EM+TECNOLOGIA+DA+INFORMACAO,00.html

Imagine um setor em que há vagas sobrando. Parece mentira, mas existe. É a área de tecnologia da informação. Os diversos pólos industriais espalhados pelo país oferecem milhares de vagas.
Você quer saber como fazer para aproveitar essas oportunidades? Veja na reportagem de Fabiana Scaranzi.
Geralmente o que se ouve é que tem muita gente procurando emprego, mas não há vagas para todos. Na área de tecnologia da informação o que acontece é o contrário. Só no Brasil, segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2005 faltavam 17 mil profissionais no mercado, e esse número pode chegar a mais de 200 mil em 2012. Isso pode significar uma boa oportunidade pra você.
“Quando o profissional escolhe a área de TI, na realidade ele vai trabalhar sempre na infra-estrutura da tecnologia da informação. Ou seja, ele pode trabalhar no fornecimento de redes, ele vai ligar os computadores de rede, ele vai desenvolver os sistemas que vão ser utilizados por outros profissionais, mas isso hoje independe da área”, explica o especialista em tecnologia da informação, Celso Poderoso.
Para trabalhar nesse mercado é preciso fazer mais que bacharelado, dizem os especialistas. Se você não quer ser pesquisador ou professor, terá de se especializar. Cursos que garantem essa especialização duram, em média, dois anos.
Aliás, a maior reclamação das empresas é a falta de especialização dos candidatos. Só no Paraná, há 1.300 vagas disponíveis, sem candidatos. Esse pólo fica na cidade industrial de Curitiba, no chamado Parque do Software. Das 120 empresas paranaenses, 30 estão instaladas na região. Essas 1.300 vagas são oferecidas hoje. A previsão é que até 2010 sejam 15 mil ofertas de emprego. Somente uma empresa tem dez vagas que não consegue preencher. “Nós não conseguimos encontrar profissionais com conhecimentos técnicos, especializados em informática. Outro grupo de profissionais são aqueles com conhecimento multiespecialista. Ou seja, profissionais que conheçam tanto de informática quanto de processos de negócios”, descreve o diretor da empresa, Selmo Flores.
Há vários pólos de tecnologia da informação, como o de Curitiba, espalhados pelo Brasil e que oferecem milhares de vagas, do Recife ao interior de São Paulo. E os salários, em geral, começam com R$ 1.500,00 e podem chegar a R$ 9 mil, R$ 10 mil. “A empresa grande te dá uma possibilidade de carreira a longo prazo, e uma empresa pequena ela precisa de um profissional para poder atender uma demanda específica, então, eventualmente, paga mais por isso”, comenta Celso.
Segundo os especialistas, as empresas não vão contratar um técnico apenas para comprar o melhor hardware ou software. O profissional de tecnologia da informação precisará trazer benefícios reais para o negócio.
É o caso do Mozart Araújo, do Recife. Ele se especializou no desenvolvimento de programas e aplicativos para celulares. Mestre em ciências da computação, Mozart já trabalhou nos Estados Unidos numa das maiores empresas de software do mundo. E há um ano é um dos responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologia para telefones móveis do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco. “O setor de telefonia móvel oferece oportunidades, pois é um mercado que está em expansão – o telefone é cada vez mais um computador portátil. Outro setor bastante promissor é o de web 2.0, onde são criadas aplicações altamente complexas para ser rodadas dentro do browser”.
Se você está de olho em uma dessas vagas de emprego, anote aí algumas dicas:
- Falar inglês é fundamental. É a linguagem universal para quem mexe com computador; - Mantenha-se atualizado. A área de tecnologia é muito dinâmica, muda a cada dia; - Leia material especializado, livros, artigos, sites na internet, mas não se esqueça que a formação é muito importante.
Você pode até achar que as exigências são muitas, mas imagine procurar emprego numa área onde sobram vagas. É um investimento pessoal e profissional que vale a pena. Há vários cursos na área e o importante é se informar sobre o conteúdo deles, veja se realmente o que você procura. E a vantagem é que tecnologia é para sempre.

Silvio

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Proibido o uso de celular nos estabelecimentos de ensino do Estado de São Paulo, durante o horário de aula

DOE 12/10/2007, Seção I, Pág. 01


LEI Nº 12.730, DE 11 DE OUTUBRO DE 2007

(Projeto de lei nº 132/2007, do Deputado Orlando Morando - PSDB)

Proíbe o uso telefone celular nos estabelecimentos de ensino do Estado, durante o horário de aula

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Ficam os alunos proibidos de utilizar telefone celular nos estabelecimentos de ensino do Estado, durante o horário das aulas.

Artigo 2º - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de sua publicação.

Artigo 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 11 de outubro de 2007.

JOSÉ SERRA

Maria Helena Guimarães de Castro

Secretária da Educação

Aloysio Nunes Ferreira Filho

Secretário-Chefe da Casa Civil

Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 11 de outubro de 2007.

(DOE 12/10/2007; Seção I; página 01)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

JORGE GERDAU JOHANNPETER Educação e crescimento econômico
Pessoas com boa educação são mais empreendedoras, cumprem seus contratos e são menos corruptas
A CRESCENTE conscientização sobre a relação entre desenvolvimento socioeconômico e nível de educação aos poucos começa a se traduzir em resultados no Brasil. É bem verdade, caro leitor, que as estatísticas na área da educação deixam muito a desejar: apenas 54% dos alunos do ensino fundamental conseguem concluí-lo, e o analfabetismo de pessoas com idade a partir de 15 anos é de 10%. Some-se a isso o analfabetismo funcional, um problema mundial, mas que ganha contornos ainda mais expressivos no país. Ainda temos a triste constatação de que a educação é a sétima prioridade dos brasileiros, conforme pesquisa do Ibope. Esse contexto de dificuldades gerou a criação do movimento Todos pela Educação, uma união de esforços da sociedade civil em parceria com governos, visando à oferta de uma educação básica de qualidade no país. Fundamentado em cinco metas para serem alcançadas até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o movimento desenvolve um amplo programa de mobilização da sociedade, articulando ações de sensibilização para o tema e prestando informações sobre como cada cidadão pode contribuir no processo. Essa visão de metas que o movimento incorpora representa um marco importante. Influenciado pela cultura da medição, que permite um gerenciamento eficaz de causa e efeito, o Todos pela Educação estabelece um eficiente padrão de gerenciamento, garantindo um plano de ação consistente, sempre com as correções necessárias. Vale destacar que os mecanismos de gestão desenvolvidos pelos últimos governos têm sido decisivos, especialmente o sistema de avaliação posto em prática pelo ministro Fernando Haddad. Além do Todos pela Educação, também é fundamental que os governos estabeleçam um sistema de reconhecimento aos educadores e gestores. Muitos são verdadeiros heróis, pois, mesmo em precárias condições de trabalho, realizam a importante tarefa de construir a educação do país. Para finalizar, gostaria de convidar o leitor para uma reflexão. A melhoria da educação no país depende da nossa capacidade de articulação e do grau de insatisfação. Mas qual tem sido a sua contribuição para mudar o quadro atual? Saiba que o seu compromisso é muito importante, e que a soma de todos nós pode fazer a mudança de que necessitamos. Isso pode ser feito por meio de trabalho voluntário na mobilização pela causa, do acompanhamento do desempenho escolar de seus filhos e netos e da participação nas reuniões de pais e professores. O desafio do Brasil é colocar a educação na pauta prioritária de governos e cidadãos. Somente dessa forma os brasileiros se tornarão verdadeiramente independentes. Pessoas com educação de qualidade são mais empreendedoras, competitivas, têm maior capacidade de articulação, cumprem contratos, são menos corruptas, constroem um ambiente de confiança mútua. Pessoas mais educadas geram mais prosperidade. E é disso que o Brasil precisa.
JORGE GERDAU JOHANNPETER , 70, é presidente do conselho de administração do grupo Gerdau, presidente do conselho do movimento Todos pela Educação, presidente fundador do Movimento Brasil Competitivo (MBC) e coordenador da Ação Empresarial.
jorge.gerdau@gerdau.com.br

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Parceria com empresa mexe no currículo das ETCs

Thalita Pires, thalita.pires@grupoestado.com.br

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada entre junho e julho, mostrou que 65% das empresas que operam no Brasil deixaram de ampliar seus negócios por falta de mão-de-obra qualificada. A dificuldade acontece mesmo quando o nível exigido não é o superior. Ou seja, faltam profissionais de nível técnico em diversas áreas.
O Centro Paula Souza, responsável pelo ensino técnico do Estado de São Paulo, firmou uma parceria com a IBM, gigante mundial em tecnologia e fabricação de computadores, para aperfeiçoar o currículo de tecnologia com base nas necessidades do mercado e mudar as estatísticas. As mudanças ainda estão sendo estudadas por profissionais da empresa e do Paula Souza, mas devem privilegiar tecnologias que não são oferecidas nas aulas.
'Um dos problemas mais sérios é a falta de profissionais para trabalhar com computadores de grande porte, já que as escolas não têm esse equipamento', explica Paulo Henrique Chíxaro, diretor da Fatec de Carapicuíba. 'Só com essa parceria é que poderemos modernizar o currículo e mais bem preparar os alunos para o mercado de trabalho', diz. Mesmo antes da formalização do acordo, um grupo de professores passou por um treinamento com instrutores da IBM para aplicar algumas mudanças nas aulas. 'Nós apresentamos as necessidades e o Centro está adaptando o currículo', afirma Luciana Farisco, gerente de talentos da IBM. 'A nossa demanda na área técnica é muito grande. Temos relacionamentos estreitos com faculdades, mas a necessidade de contratação é ainda maior', explica.
Em contrapartida, a IBM oferece oportunidades de contratação para os alunos das escolas técnicas. De acordo com a empresa, os resultados já começaram a ser alcançados: estreitamento das relações com as escolas, maior interesse pela área de tecnologia e aumento do número de contratos de estágio.
Outra vantagem em buscar profissionais mais jovens é a possibilidade de inovação. 'Os profissionais mais novos têm menos dificuldade de aprender novos processos e de criar soluções', diz Luciana.
Rafael Lourenço Marques , 22 anos, aluno do curso de técnico em informática na Etec Basilides de Godoy, na Vila Leopoldina, é um dos beneficiados com a parceria. Ele trabalha na IBM no atendimento a clientes (Help Desk). 'O estágio na empresa complementa o que aprendemos na escola.' Ele acredita que as mudanças no currículo podem melhorar ainda mais o desempenho no trabalho. 'Aprendemos as principais linguagens da informática, mas algumas coisas poderiam mudar', diz.
Estão em estudo outras compensações para o Centro Paula Souza. A parceria será totalmente definida até o dia 1º de novembro

Postado por:
Sandra

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Carreira 2012: Como será o profissional de TI daqui 5 anos?

Tendências nascem e morrem em tecnologia com uma velocidade alucinante. Saiba o que você precisa saber para sobreviver no mercado.

Por Vinícius Cherobino, do COMPUTERWORLD

Não foram poucas as tendências que nasceram com demandas e propostas revolucionárias para, tempos depois, transformarem-se apenas em uma tentativa de marketing para impulsionar um mercado e morrer pouco depois. Mas tem outras que ficam e essas têm poder para mudar o cenário para sempre.Analise os últimos cinco anos. Na esfera estritamente corporativa, poucas mudanças foram tão profundas como a oferta de software como serviços (SaaS) ou o outsourcing – e a sua versão globalizada: o offshoring. Soma-se a isso a revolução trazida pela segunda onda da internet, a Web 2.0, com as suas comunidades sociais, a construção coletiva de conhecimento em wikis, os blogs e o universo multimídia em texto, voz e vídeo, e você encontra um cenário completamente diferente. Essas são tendências que mudaram e vão mudar muito mais o ambiente que nos cerca.Mas como ficam as pessoas em meio a tudo isso? É difícil definir a extensão em que os profissionais de tecnologia, tanto aqueles que já estão no mercado e são gestores, quanto aqueles que começam a sonhar com uma carreira no setor, são afetados por todas essas mudanças.Neste especial, que vai ao ar durante essa semana, você encontra a opinião de cinco profissionais – de gestores de comunicação e recursos humanos de gigantes de TI, passando por especialistas em carreiras de TI e headhunters – para entender de que maneira estas tendências vão influenciar a formação dos tecnólogos e como elas vão afetar a contratação destes profissionais nos próximos cinco anos.O primeiro deles você acompanha hoje, com Ione Coco, vice-presidente dos programas executivos do Gartner.Para a vice-presidente dos programas executivos do Gartner, as tendências listadas – terceirização, software como serviço e a Web 2.0 – estão alterando drasticamente o cenário para as pessoas. “Estas tendências estão virando o mundo de cabeça para baixo. Não só o universo de tecnologia, mas o comportamento das empresas e das pessoas”, resume. E quando se pensa na formação dos profissionais de tecnologia, defende ela, é preciso analisar com atenção cada grande mudança para evitar ficar desatualizado e fora do mercado.A especialista afirma que a mudança na força de trabalho é muito forte graças ao movimento de outsourcing. Nos Estados Unidos, a força de trabalho ativa caiu em 18% pela migração das vagas para a Índia. “No futuro, o CIO precisa pensar de maneira cada vez mais abranjente: qual é o melhor país para eu comprar meus serviços?”, comenta. Afinal, para o cliente não importa qual é a localização do servidor, ele quer a aplicação funcionando – e com qualidade.Especificamente no Brasil, uma mudança muito delicada está afetando o perfil das empresas nacionais. E este fato vai mexer profundamente com os profissionais de tecnologia da informação nos próximos cinco anos. “Com a globalização, saímos de três multinacionais para mais de 33 hoje. Conglomerados geram multiplicidade cultural e, na estrutura corporativa, isso não se ensina”, argumenta.No final, aconselha Ione, é preciso combinar o conhecimento técnico, adquirido nas universidades e nos MBAs, e os comportamentais, questões relacionadas como liderança e trabalho em equipe. “Hoje, o segundo ponto é claramente mais importante, ninguém contrata quem não saiba trabalhar em equipe. Para ir além da satisfação do cliente, aumentando a produtividade de TI e dos negócios, o lado comportamental é fundamental”, define.Um dos pontos de conflito para os próximos cinco anos, ressalta a vice-presidente, está na chegada de uma legião de jovens que sempre viveram com a internet ou, como o Gartner prefere chamá-los, os nativos digitais. Para ela, essa movimentação traz uma tensão inerente, já que a maneira deles trabalharem não se encaixa nas métricas estabelecidas hoje. “As empresas vão buscar o talento onde ele estiver. A atual organização hierárquica e as métricas de produtividade já estão ficando desatualizadas e isso tende a piorar se nada for feito”, questiona.Ione Coco destaca que, no choque de gerações, um dos maiores desafios está nas “pessoas-legado”. Assim como certos tipos de mainframes que perderam o valor com o passar do tempo e se transformaram em um fardo para a corporação, certos profissionais podem atrapalhar todo o processo de inovação por um comportamento reacionário. “Mudar adultos é mais difícil, precisa convencê-los que ganham mais com as novas tecnologias. No entanto, sempre haverá “pessoas-legado” em qualquer período e em qualquer lugar”, define.Para a especialista, as modificações vão atingir até aqueles perfis tradicionais em tecnologia. Por exemplo, o sargentão que entra em conflito no caso de o funcionário entrar dois minutos atrasado e faz seu bunker no centro de processamento de dados precisa tomar cuidado. “Infelizmente, não posso dizer ainda que ele esteja em extinção, mas se ele perder o emprego, não consegue se recolocar no mercado de trabalho”, arremata.

Silvio